sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A Oração de Daniel

Uma boa meditação sobre um trecho da Palavra de Deus. Confiram.





Título: A oração de Daniel
Referência bíblica: Daniel, Capítulo 9

A Arqueologia prova que na Bíblia tudo é verdade

Ao longo dos anos, muito criticismo tem sido levantado quanto à confiabilidade histórica da Bíblia. Estes criticismos são usualmente baseados na falta de evidência de fontes externas confirmando o registro bíblico. E sendo a Bíblia um livro religioso, muitos eruditos tomam a posição de que ela é parcial e não é confiável a menos que haja evidência externa confirmando-a. Em outras palavras, a Bíblia é culpada até que ela seja provada inocente, e a falta de evidências externas colocam o registro bíblico em dúvida.

Este padrão é extremamente diferente do aplicado a outros documentos antigos, mesmo que muitos deles, se não a maioria, contém um elemento religioso. Eles são considerados acurados a menos que a evidência demonstre o contrário. Embora não seja possível verificar cada incidente descrito na Bíblia, as descobertas arqueológicas feitas desde a metade do século XVIII têm demonstrado a confiabilidade e plausibilidade da narrativa bíblica. Alguns exemplos:  


A descoberta do arquivo de Ebla no norte da Síria nos anos 70 tem mostrado que os escritos bíblicos concernentes aos Patriarcas são de todo viáveis. Documentos escritos em tabletes de argila de cerca de 2300 A.C. mostram que os nomes pessoais e de lugares mencionados nos registros históricos sobre os Patriarcas são genuínos. O nome "Canaã" estava em uso em Ebla - um nome que críticos já afirmaram não ser utilizado naquela época e, portanto, incorretamente empregado nos primeiros capítulos da Bíblia. A palavra "tehom" ("o abismo") usada em Gênesis 1:2 era considerada como uma palavra recente, demonstrando que a história da criação foram escrita bem mais tarde do que o afirmado tradicionalmente. "Tehom", entretanto, era parte do vocabulário usado em Ebla, cerca de 800 anos antes de Moisés. Costumes antigos, refletidos nas histórias dos Patriarcas, também foram descritos em tabletes de argila encontrados em Nuzi e Mari.

Os Hititas eram considerados como uma lenda bíblica até que sua capital e registros foram encontrados em Bogazkoy, Turquia. Muitos pensavam que as referências à grande riqueza de Salomão eram grandemente exageradas. Registros recuperados mostram que a riqueza na antiguidade estava concentrada como o rei e que a prosperidade de Salomão é inteiramente possível. Também já foi afirmado que nenhum rei assírio chamado Sargon, como registrado em Isaías 20:1, existiu porque não havia nenhuma referência a este nome em outros registros. O palácio de Sargon foi então descoberto em Khorsabad, Iraque. O evento mencionado em Isaías 20 estava inclusive registrado nos muros do palácio. Ainda mais, fragmentos de um obelisco comemorativo da vitória foram encontrados na própria cidade de Asdode.

Outro rei cuja existência estava em dúvida era Belsazar, rei da Babilônia, nomeado em Daniel 5. O último rei da Babilônia havia sido Nabonidus conforme a história registrada. Tabletes foram encontrados mais tarde mostrando que Belsazar era filho de Nabonidus e co-regente da Babilônia. Assim, ele podia oferecer a Daniel "o terceiro lugar no reino" (Daniel. 5:16) se ele lesse a escrita na parede. Aqui nós vemos a natureza de "testemunha ocular" do registro bíblico frequentemente confirmada pelas descobertas arqueológicas.(Fonte)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A Rebeldia

Alguém que está em coma espiritual deixa de perceber a rebeldia do seu próprio coração


O povo de Israel vivia em desobediência constante e não se apercebia da penúria espiritual em que se encontrava. Esta é uma situação deplorável, pois o coração do homem, como é denunciado por Jeremias é totalmente enganoso. Não se pode confiar nele para encontrar soluções diante dos problemas da vida. O coma espiritual leva a pessoa a não perceber que o seu coração é a fonte de toda a rebeldia e obstinação contra Deus. Este estado de coma leva o homem a buscar explicações em vãs filosofias e em pensamentos humanistas, que se distanciam do diagnóstico bíblico sobre o coração do homem.

A Bíblia utiliza em várias passagens o simbolismo da cerviz endurecida, para ilustrar a grande rebeldia do povo de Israel (Jr. 7:26; Jr. 17:23; Jr. 19:15). A situação do coração não é nada boa, segundo a Palavra do Senhor. A rebeldia é algo inerente ao coração do homem, mas muitos não admitem tal afirmação. Na adolescência, por exemplo, os conflitos surgem com os pais e com outras pessoas por conta desta rebeldia que não foi domada nos primeiros anos da infância.

Nenhuma pessoa pode confiar no próprio coração, deixando que os intentos e propósitos internos dirijam o viver, sem amargar tristes resultados. Quem está em coma espiritual começa a enxergar valores bons no coração e a não temer as consequências dos seus atos de rebeldia. Então passa viver sem prestar contas ao Senhor, com o coração totalmente obstinado na prática de pecados. Mesmo diante da justa disciplina, a pessoa em coma espiritual declara a sua independência de Deus.

Quando a voz do coração começa a falar mais alto e damos atenção às suas propostas, é um claro sinal que um coma espiritual se aproxima. Começamos a focalizar muito o ego e a proclamar o evangelho da autoestima. Faz-se necessário que urgentemente busquemos a graça do Senhor em nossas vidas, que é suficiente para nos fazer submissos à vontade de Deus.
 
Autor : Marcos A. M.

A Carroça


Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silêncio me perguntou:

- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:

- Estou ouvindo um barulho de carroça.

- Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia... Perguntei ao meu pai:

- Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?

- Ora, respondeu meu pai.

- É muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa: falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e, querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:

"Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz..."


Provérbios 12
18 Há alguns que falam como que espada penetrante, mas a língua dos sábios é saúde. 

Provérbios 15
4 A língua benigna é árvore de vida, mas a perversidade nela deprime o espírito.


Provérbios 17
20 O perverso de coração jamais achará o bem; e o que tem a língua dobre vem a cair no mal.

Provérbios 18
21 A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto. 


Provérbios 21
23 O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

As 10 Pragas do Egito


Deus por intermédio de Moisés, mostrou ao povo egípcio que os seus deuses eram fracos e inúteis, humilhando-os através das 10 pragas proferidas por Moisés.

1ª praga: ÁGUA DO NILO E OUTRAS SE TRANSFORMARAM EM SANGUE
(O deus do Nilo, Hápi, foi desmoralizado)

O deus Hapi

Os egípcios personificavam o rio Nilo como o deus Hapi. Sua figura é a de um homem barbado, com seios pendentes de mulher, indicativo de sua fertilidade, e uma barriga avantajada, de quem está bem alimentado, amparada por um cinturão. Freqüentemente aparece pintado em azul e às vezes calça sandálias, o que é um sinal de riqueza. Usa plantas aquáticas na cabeça. Suas mãos espalham o símbolo da vida e seguram uma bandeja com alimentos (peixes, patos, ramos de flores e de espigas) ou despejam água de jarros. Era chamado o pai dos deuses e várias cidades tinham o seu nome.
Tão dependentes que eram das cheias do Nilo, é compreensível que os egípcios tivessem esse deus como objeto constante de suas preces. Pequenos amuletos representando o deus Hapi eram fabricados aos milhares em ouro, prata, cobre, chumbo, turquesa, lápis-lazúli, faiança ou, ainda, outros materiais. Por ocasião das cheias, oferendas eram apresentadas ao deus em vários templos egípcios.


2ª praga: RÃS
(A deusa-Rã, Heket, foi incapaz de impedi-la)

A deusa Heket

Heket era uma Deusa da Água, diretamente associada à criação e ao nascimento. Os seus lugares de culto mais importantes situavam-se no Egito Médio, nomeadamente em Antinoé.
Nessa cidade, essa Deusa batracomorfa, representada normalmente ora como uma mulher com cabeça de rã, ora como rã, surgia, como divindade criadora primordial associada ao deus Khnum, sendo considerada sua esposa. Era ela que conferia o sopro da vida aos homens e às mulheres que Khnum modelava na sua roda de oleiro.
Heket tinha principalmente uma função benéfica junto das mulheres, no momento crucial do parto. Sua figura era representada em vários amuletos e escaravelhos, usados por motivos mágicos pelas mulheres grávidas e pelas parturientes para se protegerem durante o parto. Deusa do parto e do nascimento real, Heket era considerada a padroeira das parteiras que, compreensivelmente, eram apelidadas de "Servas de Heket". A tradição lendária propagava que juntamente com Meskhenet, a Deusa Heket era uma das parteiras que todas as manhãs assistia ao nascer do Sol.


3ª praga: PÓ SE TRANSFORMOU EM BORRACHUDOS
(Tot, senhor da magia foi desmoralizado)

O deus Toth

TOTH, divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais, a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia. O que faz dele o patrono dos escribas que lhe endereçam uma prece antes de escrever. "Mestre das palavras divinas". Preside a medida do tempo, o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.


4ª praga: MOSCÕES POR TODO O EGITO, EXCETO EM GÓSEN ONDE O POVO DE ISRAEL VIVIA
(Ptah, criador do universo nada pode fazer)

O deus Ptah

Ptah: Deus de Mênfis que foi a capital do Egito no Antigo Império, Ptah é "aquele que afeiçoou os deuses e faz os homens" e "que criou as artes". Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dos artesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh. Representa em uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota. Tem como esposa a deusa Sekhmet e por filho o deus do nenúfar, Nefertum.


5ª praga: PESTE NO GADO
(Hator, deusa-vaca e Ápis, deus-touro, nada puderam fazer)

O deus Hator

HÁTOR, personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. Também é a protetora da necrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. É representada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, uma mulher com cabeça de vaca ou por uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. As vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.


6ª praga: FURUNCULOS
(Ísis, deusa-da-medicina, nada pode fazer)

A deusa Ísis

ÍSIS, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os pedaços de seus despojos, se empenha em reanima-lo e dele concebe um filho, Horus. Ela defende com unhas e dentes seu rebento contra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um assento com espaldar (trono) que é o hieróglifo de seu nome.


7ª praga: TROVÕES E SARAIVA
(Reshpu, controlador das chuvas, relâmpagos e trovões também foi desmoralizado)

O deus Reshpu

Deus da guerra e do trovão. Um homem barbado portando várias armas. Usa uma coroa semelhante a coroa branca do Alto Egito, de cujo topo pende uma serpentina. Da coroa, mais ou menos acima da testa, projeta-se a cabeça ou os chifres de uma gazela.originário da Síria.


8ª praga: GAFANHOTOS QUE DESTRUÍRAM AS PLANTAÇÕES
(Min, deus da fertilidade e protetor das colheitas tambem foi desmoralizado)

O deus Min

Um homem barbado, mumiforme, com o membro sexual ereto, usando na cabeça touca com uma fita e encimada por duas longas plumas. Ergue um chicote na mão direita. Deus primevo da cidade de Koptos, mais tarde reverenciado como deus da fertilidade, da virilidade e da reprodução sexual. Alfaces eram oferecidas cerimonialmente a ele e comidas a seguir, na esperança da busca da virilidade. Posteriormente foi cultuado como esposo da deusa Quetesh, divindade do amor e da feminilidade. Patrono do deserto oriental. Considerado uma das formas de Amon.


9ª praga: TRÊS DIAS DE ESCURIDÃO
(Rá, o destacado deus-sol e Hórus um deus solar foram desmralizados)

O deus Rá

RÁ ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.

O deus Hórus

HÓRUS, filho de Isis e Osíris, Horus teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a que clareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia as almas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).


10ª praga: O ANJO DA MORTE QUE MATOU OS PRIMOGÊNITOS DO EGITO, INCLUSIVE O FILHO DE FARÁO QUE ERA TIDO COMO UM DEUS ENCARNADO
(Amon-Rá, representado como carneiro e o próprio filho de faraó foram incapazes de impedi-la)

O deus Amón

AMON, o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós, ele é o senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Passou a ser cultuado por volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Rá, sob o nome de Amon-Rê ou Amon-Rá, o criador dos deuses e da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. À época de Ramsés III. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e Rá. Freqüentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.


Desta forma alguns dos grandes deuses do povo egípcio foram envergonhados. E Deus mostrou que Ele é o único e verdadeiro Deus, o Deus vivo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

As Muralhas de Jericó

Um programa feito do ponto de vista da arqueologia a respeito das Muralhas de Jericó. Confiram.


 
 Parte 01


   
 Parte 02

 
   
Parte 03

O Sol Voltará A Brilhar


Há muitos anos atrás, um jovem vendedor de jornais, magro e com as roupas encharcadas pela chuva, continuava trabalhando mesmo sentindo calafrios naquele dia de inverno. Primeiro ele descalçava um dos pés e o comprimia junto à outra perna tentando conseguir um pouco de calor. Depois fazia o mesmo com o outro pé. A todo momento ele gritava de forma estridente: "Jornal matutino! Jornal matutino!"
Um homem que passava perto dele e estava bem protegido por seu casaco e guarda-chuva, parou para comprar o jornal e notando o desconforto do menino, disse: "Este tempo é muito ruim para você, não é?" Olhando para cima, o menino fitou o homem e, com um sorriso, respondeu: "Eu não me importo muito, senhor. O sol brilhará novamente".
Que belo quadro da vida cristã! Os ventos gelados das adversidades e os céus cinzentos de um ambiente pecador podem facilmente nos desencorajar. Mas podemos contar sempre com dias melhores porque sabemos que Deus está trabalhando em nossas vidas.
Talvez estejamos enfrentando o mau tempo das crises e decepções. As vestes de nossa fé estão frias e não sentimos nenhuma motivação para persistir na busca de nossos sonhos. Todas as circunstâncias sussurram em nossos ouvidos espirituais: "Não há solução... desista".
Mas nós somos filhos de Deus e não podemos ser dirigidos pela situação momentânea. Aprendemos, desde que Jesus veio morar em nosso coração, que há um Deus que nos ama e que nos ajuda mesmo quando a desesperança se apresenta atrevida em nosso caminho. Ela será sempre derrotada porque maior é Aquele que está em nós. Mais cedo ou mais tarde a vitória virá.
Se os ventos contra nós são fortes, logo haverá bonança. Se a tristeza nos invade a alma, logo nosso coração estará regozijando de alegria. Se as chuvas das decepções estiverem molhando as nossas aspirações, logo voltará a brilhar o sol das incontáveis bênçãos do Senhor.

"Não temas, crê somente" (Marcos 5:36)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Louvor ao Senhor

“Eu te louvarei, SENHOR, de todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas. Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.” Sl 9.1,2


A IMPORTÂNCIA DO LOUVOR

A Bíblia constantemente exorta o povo de Deus a louvar ao Senhor.

(1) O Antigo Testamento emprega três palavras básicas para conclamar os israelitas a louvarem a Deus: a palavra barak (também traduzida “bendizer”); a palavra balal (da qual deriva a palavra “aleluia”, que literalmente significa “louvai ao Senhor”); e a palavra yadah (às vezes traduzida por “dar graças”).

(2) O primeiro cântico na Bíblia, entoado depois de os israelitas atravessarem o mar Vermelho, foi, em síntese, um hino de louvor e ação de graças a Deus (Êx 15.2). Moisés instruiu os israelitas a louvarem a Deus pela sua bondade em conceder-lhes a terra prometida (Dt 8.10). O cântico de Débora, por sua vez, congregou o povo expressamente para louvar ao Senhor (Jz 5.9). A disposição de Davi em louvar a Deus está gravada, tanto na história da sua vida (2Sm 22.4,47,50; 1Cr 16.4 ,9, 25, 35, 36; 29.20), como nos salmos que escreveu (9.1,2; 18.3; 22.23; 52.9; 108.1, 3; 145). Os demais salmistas também convocam o povo de Deus a, enquanto viver, sempre louvá-lo (33.1,2; 47.6,7; 75.9; 96.1-4; 100; 150). Finalmente, os profetas do Antigo Testamento ordenam que o povo de Deus o louve (Is 42.10,12; Jr 20.13; Sl 12.1; 25.1; Jr 33.9; Jl 2.26; Hc 3.3).

(3) O chamado para louvar a Deus também ecoa por todo o NT. O próprio Jesus louvou a seu Pai celestial (Mt 11.25; Lc 10.21). Paulo espera que todas as nações louvem a Deus (Rm 15.9-11; Ef 1.3,6,12) e Tiago nos conclama a louvar ao Senhor (Tg 3.9; 5.13). E, no fim, o quadro vislumbrado no Apocalipse é o de uma vasta multidão de santos e anjos, louvando a Deus continuamente (Ap 4.9-11; 5.8-14; 7.9-12; 11.16-18).

(4) Louvar a Deus é uma das atribuições principais dos anjos (103.20; 148.2) e é privilégio do povo de Deus, tanto crianças (Mt 21.16; ver Sl 8.2), como adultos (30.4; 135.1,2, 19-21). Além disso, Deus também conclama todas as nações a louvá-lo (67.3-5; 117.1; 148.11-13; Is 42.10-12; Rm 15.11). Isto quer dizer que tudo quanto tem fôlego está convocado a entoar bem alto os louvores de Deus (150.6). E, se tanto não bastasse, Deus também conclama a natureza inanimada a louvá-lo — como, por exemplo, o sol, a lua e as estrelas (148.3,4; cf. Sl 19.1,2); os raios, o granizo, a neve e o vento (148.8); as montanhas, colinas, rios e mares (98.7,8; 148.9; Is 44.23); todos os tipos de árvores (148.9; Is 55.12) e todos os tipos de seres vivos (69.34; 148.10).


MÉTODOS DE LOUVOR

Há várias maneiras de se louvar a Deus.

(1) O louvor é algo fundamental na adoração coletiva prestada pelo povo de Deus (100.4).

(2) Tanto na adoração coletiva como noutros casos, uma maneira de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais (96.1-4; 147.1; Ef 5.19,20; Cl 3.16,17). O cântico de louvor pode ser com a mente (i.e., em idiomas humanos conhecidos) ou com o espírito (i.e., em línguas; 1Co 14.14-16, ver 14.15).

(3) O louvor mediante instrumentos musicais. Neste particular o AT menciona instrumentos variados, de sopro, como chifre de carneiro e trombetas (1Cr 15.28; Sl 150.3), flauta (1Sm 10.5; Sl 150.4); instrumentos de cordas, como harpa e lira (1Cr 13.8; Sl 149.3; 150.3), e instrumentos de percussão, como tamborins e címbalos (Êx 15.20; Sl 150.4,5).

(4) Podemos, também, louvar a Deus, ao falar ao nosso próximo das maravilhas de Deus para conosco, pessoalmente. Davi, por exemplo, depois da experiência do perdão divino, estava ansioso para relatar aos outros, o que o Senhor fizera por ele (51.12,13, 15).

Outros escritores bíblicos nos exortam a declarar a glória e louvor de Deus, na congregação do seu povo (22.22-25; 111.1; Hb 2.12) e entre as nações (18.49; 96.3,4; Is 42.10-12). Pedro conclama o povo de Deus “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9). Noutras palavras, a obra missionária é um meio de louvar a Deus.

(5) Finalmente, o crente que vive a sua vida para a glória de Deus está a louvar ao Senhor. Jesus nos relembra que quando o crente faz brilhar a sua luz, o povo vê as suas boas obras e glorifica e louva a Deus (Mt 5.16; Jo 15.8). De modo semelhante, Paulo também mostra que uma vida cheia de frutos da justiça louva a Deus (Fp 1.11).


MOTIVOS PARA LOUVAR A DEUS

Por que o povo louva ao Senhor?

(1) Uma das evidentes razões vem do esplendor, glória e majestade do nosso Deus, aquele que criou os céus e a terra (96.4-6; 145.3; 148.13), aquele a quem devemos exaltar na sua santidade (99.3; Is 6.3).

(2) A nossa experiência dos atos poderosos de Deus, especialmente dos seus atos de salvação e de redenção, é uma razão extraordinária para louvarmos ao seu nome (96.1-3; 106.1,2; 148.14; 150.2; Lc 1.68-75; 2.14, 20); deste modo, louvamos a Deus pela sua misericórdia, graça e amor imutáveis (57.9, 10; 89.1,2; 117; 145.8-10; Ef 1.6).

(3) Também devemos louvar a Deus por todos os seus atos de livramento em nossa vida, tais como livramento de inimigos ou cura de enfermidades (9.1-5; 40.1-3; 59.16; 124; Jr 20.13; Lc 13.13; At 3.7-9).

(4) Finalmente, o cuidado providente de Deus para conosco, dia após dia, tanto material como espiritualmente, é uma grandiosa razão para louvarmos e bendizermos o seu nome(68.19; 103; 147; Is 63.7).

terça-feira, 12 de outubro de 2010

O Publicano Zaqueu

Uma boa meditação sobre um trecho da Palavra de Deus. Confiram.





Título: O publicano Zaqueu
Referência bíblica: Evangelho segundo Lucas, Capítulo 19

Oséias

Oséias foi o mais antigo dos profetas menores e contemporâneo de Amós. Seu nome significa “salvação” hôshêa‛ (עשוה) e é homônimo ao último rei de Israel. Erich Zenger dá uma variação desta tradução dizendo significar “Ele [Deus] Ajudou”. Ele foi escolhido para encabeçar a lista dos 12 profetas por ser o livro mais extenso e nele conter as principais características e alvos das mensagens dos profetas. Sua origem é em Israel, o reino do norte, pois se refere ao rei de Samaria como “nosso rei” (7.5) e também por utilizar uma linguagem própria do povo do norte, o aramaico. O profeta atuou no reino do norte, em Samaria falando contra a idolatria que o povo havia recorrido e deixado o Deus da nação.

Sobre a vida do profeta sabemos que ele é filho de Beeri, e o fato de mencionar o nome de seu pai possivelmente demonstre a origem abastada da família de Oséias. Zenger sugere que provavelmente o profeta tenha feito parte de uma comunidade profético-levita de oposição podendo até mesmo ter assumido a liderança deste grupo.

Champlin apresenta alguns relatos adicionais interessantes sobre o profeta Oséias. Segundo o autor, foi ele foi o único profeta do reino do norte que tiveram os escritos originais preservados até os dias de hoje. E que possivelmente a profissão de Oséias era padeiro por ele mencionar o “forno aceso” e “sovar a massa para ser levedada” no trecho 7.4 . Essas informações, contudo, não foram mencionadas por nenhum dos outros autores pesquisados. Deus designou a família de Oséias para ser a ilustração da mensagem que Ele queria passar para o povo prostituído. O Senhor ordenou ao profeta que casasse com uma mulher de prostituição “Quando o Senhor falou no princípio por Oséias, disse o Senhor a Oséias: Vai, toma por esposa uma mulher de prostituições, e filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, apartando-se do Senhor.” (Os 1.2). Sua esposa Gômer lhe deu três filhos que possuíam igual mensagem imanente. Jezreel, Não-Amada e Não-MeuoPovo. Tudo isso comunicava ao povo que Deus estava desprezando a nação de Israel considerando seus cultos a deuses falsos como atos de prostituição.

Data

Facilita compreendermos a datação do livro de Oséias por causa de sua introdução. Já primeiro versículo o autor expõe o contexto onde o profeta atuou. “A palavra do Senhor, que veio a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.” (Os 1.1). Infelizmente a diversidade de informações encontradas nos comentários não permite que determinemos uma data fixa para o ministério de Oséias. Vamos expor as hipóteses levantar por alguns dos autores pesquisados.

 Gleason Archer diz que o período de ministério do profeta variou, por isso não é possível admitir que as profecias do livro fossem feitas em uma única época. Segundo ele parte de seus oráculos foram pronunciados antes da morte de Joroboão II em 753 a.C. Seu argumento para esta idéia é plausível se considerarmos a profecia do capítulo 1 contra a dinastia da Jeú simbolizada no primogênito de Oséias, Jezreel. “Isto foi cumprido quando, em 752, Salum assassinou Zacarias, filho de Jeroboão.” . O capítulo 5 direciona a profecia para o rei Menaém já em outro período da história (752-742 a.C.) e o capítulo 7 mostra um período ainda mais tardio por causa da duplicidade de governo entre o Egito e a Assíria que só ocorreu no reinado de Oséias em 732-732 a.C. Archer resume o ministério profético de Oséias em 25 anos aproximadamente tendo todo seu material escrito no final do ano 725 a.C. isso seria 30 anos depois do profeta ter iniciado seu serviço.

Werner Schmidt nos disponibiliza uma informação não verificada em nenhum outro autor pesquisado. Segundo ele o profeta Oséias foi vocacionado para o ministério no mesmo ano da morte do profeta Isaías. Oséias foi contemporâneo de Amós trabalhando aproximadamente 10 anos após ele. A guerra entre a Síria e Efraim ocorreu em 734 a.C. como cumprimento da profecia de Oséias observada em Os 5.8. Segundo Schmidt o profeta não presenciou a destruição do reino do norte profetizada por ele em Os 14.1 e ocorrida em 722 a.C. O autor conclui que o período de atuação do profeta Oséias foi entre os anos de 750 a.C. e 725 a.C.. Concordando, assim, com Archer sobre a duração de 25 anos do seu ministério.

Não podemos levar em consideração o nosso sistema cronológico da história na tentativa de datar os escritos bíblicos, assim nos adverte Dillard e Longman III. Os autores identificam algumas tensões quanto a datação do livro, uma delas é a questão imprecisa quanto ao final do reinado de Jeroboão II, eles sugerem o período entre 753 e 746 a.C. Outras fontes pesquisadas pelos autores dizem que o início do reinado de Uzias foi em 791 a.C., Jeroboão começou a reinar em 793 a.C. e que Ezequias subiu ao trono em 715 a.C. e morreu em 687 a.C. Aqui fica a incoerência de que Oséias não poderia ter exercido sua função por quase cem anos, com isso os autores chegam a conclusão de que “ele iniciou sua obra no final do reinado de Jeroboão e a completou no começo do reinado de Ezequias. Desse modo [...] Oséias atuou no período entre 750 a.C. e 715 a.C.”

Críticas quanto a autoria

A maioria dos estudiosos dividem o livro de Oséias em duas partes, a primeira dos capítulos de 1 a 3 que fala da família do profeta e como ele a usa como ilustração viva do recado de Deus ao povo e a segunda dos capítulos de 4 a 14. Archer leva em consideração a dificuldade de alguns críticos liberais em aceitar a autoria das passagens do livro de Oséias que se referem a Judá e as passagens Os 11.8-11 e Os 14.2-9 que falam de uma benção futura e libertação nacional. Para o autor não há qualquer dificuldade em aceitar a autoria autêntica da primeira parte do livro, enquanto que na outra parte a dificuldade consiste em aceitar a mensagem como libertação da nação como mensagem inicial do profeta. Para os críticos que Archer cita, essa parte foi escrita anos depois. (ARCHER, 1998) Dillard e Longman III falam das teorias sobre a autoria mista do livro de Oséias. O primeiro indício desta autoria mista é que o profeta, sendo do Norte e dirigindo sua mensagem para o Norte, cita muitos reis do Sul principalmente porque esta lista de reis não se ajusta com o período que os reis do norte atuaram. Os autores mencionam que existe uma seção ao final do livro de Oséias que foi acrescentado anos depois da escrita do livro. Esta seção contém profecias sobre Judá, o reino do Sul. Dillard e Longman III discorrem em cima das suposições levantadas por G. Emmerson que afirma que “suas origens [de Oséias] encontram-se no reino do Norte, sua transmissão pertence, na maior parte da sua história, a Jud|.”. Por esse motivo alguns críticos acreditam que é possível que o livro de Oséias tivesse um escritor posterior oriundo de Judá. Para finalizar esta discussão vale a pena citar as palavras dos autores quando tecem uma solução, a meu ver, aceitável. “Não é impossível que os últimos seguidores fiéis da tradição do profeta vissem analogia entre a situação no sul algumas décadas após sua morte e fizessem a ligação inserindo os assuntos de interesse judaico no texto. Tais tradições fariam parte do processo de composição do livro bíblico, e de qualquer forma não impugnam a autoridade canônica dos textos. [...] Acreditamos que o livro é essencialmente obra de uma única pessoa, e que o texto é basicamente confiável.”

Lugar no Cânon

O livro de Oséias é o mais longo de todos os Profetas Menores9 e é o mais completo teologicamente. Hubbard afirma que essa completude se dá por ele falar de maneira generalizada sobre as grandes Alianças entre o povo e Deus sobre julgamento e esperança provindos destas alianças. Além disso, ele descreve um relacionamento pessoal, bem próximo com Oséias, talvez por expressar seu sentimento de cônjuge traído na família do profeta. Como já foi mencionado acima Oséias foi contemporâneo de Amós, no entanto desenvolveu seu ministério depois deste. Apesar de Amós vim primeiro Champlin defende que “cronologicamente falando Oséias não deve ser posto antes de Amós, mas a sua importância faz com que ele mereça estar no começo dos profetas menores.” Para o autor esta importância está no fato de que por causa do seu elevado grau de teologia o profeta apresenta um conceito de Deus muito mais profundo do que muitos outros autores do Antigo Testamento.

Texto retirado do Livro : OS PROFETAS MENORES - Héber Negrão

segunda-feira, 11 de outubro de 2010




O Endereço do Mestre

Para muitas pessoas, a narrativa evangélica da vida de Jesus não passa de ficção. Contudo, uma rápida pesquisa sobre os achados arqueológicos relacionados com o Novo Testamento revelará o contrário: cremos em uma história real! A partir de agora, vamos examinar algumas informações bíblicas à luz das descobertas em Cafarnaum, o “endereço” do Mestre.

O nome Cafarnaum pode significar tanto “vila da consolação” como “vila de Naum”, um antigo profeta hebreu cujo livro faz parte do Antigo Testamento. Essa última opção é apoiada por uma tradição judaica que afirma que o túmulo do profeta está enterrado ali. A cidade foi descoberta por um arqueólogo norte-americano chamado Edward Robinson, em 1852, mas somente foi escavada por uma equipe liderada por Charles Wilson em 1865 e 1866. Foi ali que Jesus dedicou a maior parte do Seu ministério, realizando milagres (Mt 9:18-26; Mc 5:21-43; Lc 8:40-56), bem como ensinando na sinagoga local (Mc 1:21; 3:1-5; Lc 4:31; Jo 6:59).

Um dos achados mais fascinantes de Cafarnaum é a da possível casa de Pedro. Foi por volta de 1968 que dois outros arqueólogos, G. Orfali e A. Gassi, encontraram a estrutura de uma igreja que datava do 5º século. O surpreendente foi que logo abaixo dessa construção eles também encontraram os alicerces de uma casa repleta de objetos de pesca que datava da época de Jesus e Seus discípulos. Para completar a informação, um documento chamado Itinerarium, escrito por Egéria, no 4º século, afirma que a “casa do príncipe dos apóstolos foi transformada em igreja; contudo, as paredes da casa ainda estão de pé como eram originalmente”.

Outra descoberta marcante em Cafanaum foram os restos da sinagoga, local de reuniões religiosas dos judeus, do 1º século. Durante os anos de 1905 até 1926, seus restos foram preservados e restaurados por especialistas alemães e franciscanos. Até então, todas as construções apontavam para uma construção do 3º ou 4º século. No entanto, em 1968, as pesquisas posteriores revelaram os restos de uma estrutura. E em 1981, um largo piso de basalto foi encontrado repleto de cerâmicas (potes, vasos, copos, etc.) do 1º século, a época de Cristo. Sem dúvida, esses eram os escombros daquela sinagoga frequentada por Jesus, como mencionado nas Escrituras Sagradas!

Mais importante do que as informações arqueológicas é o que tudo isso representa. Foi nessa mesma sinagoga que Jesus declarou: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente” (João 6:51). Mesmo com a poeira acumulada ao longo dos séculos em Cafarnaum, ainda somos capazes de ouvir o convite do Mestre querendo saciar nossa fome. (Criacionismo)

domingo, 10 de outubro de 2010

Abraão

Abraão nasceu perto ou mesmo na cidade de Ur no sul da Mesopotâmia. O pai de Abraão, Tera tinha 2 outros filhos, Nacor e Haran o pai de Ló (Gn 11:27). O relato de Gênesis não menciona Deus aparecer a Abraão antes da partida de Ur, mas At 7:2-4 claramente aplica a ordem de Gn 12:1-3 à altura em que a família ainda vivia em Ur.

A vida de Abraão pode ser subdividida em quatro períodos principais:

(1) Sua vida antes da sua jornada até Canaã, à idade de 75 anos.
(2) Desde o inicio da sua residência em Canaã até o nascimento do seu filho Isaque, um período de 25 anos.
(3) A sua vida desde o nascimento de Isaque até a morte de Sara e o casamento de Isaque com Rebeca, cerca de 40 anos.
(4) Os seus últimos dias, velhice e morte, cerca de 35 anos.

 Apesar das fragilidades que são comuns aos homens, Abraão perseverou no seu propósito de uma vida de seguir onde quer que Deus o guiasse, quer fosse no longo caminho de Ur para Canaã ou para o Monte Moriá para oferecer o seu único filho, o filho da promessa, em sacrifício. Através das provas da sua vida, a sua fé foi aperfeiçoada, tanto assim que ele se tornou "o amigo de Deus" (Tg 2:23).

A alta estima que os seus descendentes lhe tinham eventualmente degenerou quase ao ponto em que eles o adoravam acima de Deus. Mas o brilho da sua fé e longa vida de devoção à vontade de Deus perdura através das gerações.

A Paz de Deus

“Proclamai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e orai por ela ao Senhor,porque, na sua paz, vós tereis paz.” (Jr 29.7)

DEFINIÇÃO DE PAZ

A palavra hebraica para "paz" é shalom. Denota muito mais do que a ausência de guerra e conflito. O significado básico de shalom é harmonia, plenitude, firmeza, bem-estar e êxito em todas as áreas da vida.

(1) Pode referir-se à tranqüilidade nos relacionamentos internacionais, tal como a paz entre as nações em guerra (1Sm 7.14; 1Rs 4.24; 1Cr 19.19).

(2) Pode referir-se, também, a uma sensação de tranqüilidade dentro de uma nação durante tempos de prosperidade e sem guerra civil (2Sm 3.21-23; 1Cr 22.9; Sl 122.6,7).

(3) Pode ser experimentada com integridade e harmonia nos relacionamentos humanos, tanto dentro do lar (Pv 17.1; 1Co 7.15) quanto fora (Rm 12.18; Hb 12.14; 1Pe 3.11).

(4)
Pode referir-se ao nosso senso pessoal de integridade e bem-estar, livre de ansiedade e em paz com a própria alma (Sl 4.8; 119.165; cf. Jó 3.26) e com Deus (Nm 6.26; Rm 5.1).

(5) Finalmente, embora a palavra shalom não seja empregada em Gn 1-2, ela descreve o mundo originalmente criado, que existia em perfeita harmonia e integridade. Quando Deus criou os céus e a terra, criou um mundo em paz. O bem-estar total da criação reflete-se na breve declaração: "E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom" (Gn 1.31).


A INTERRUPÇÃO DA PAZ

Quando Adão e Eva deram atenção à voz da serpente, e comeram da árvore proibida (Gn 3.1-7), sua desobediência introduziu o pecado e se interrompeu a harmonia original do universo.

(1) Naquele momento, Adão e Eva experimentaram, pela primeira vez, culpa e vergonha diante de Deus (Gn 3.8), e uma perda da paz interior.

(2) O pecado de Adão e Eva no jardim do Éden destruiu seu relacionamento harmonioso com Deus. Antes de comerem daquele fruto, tinham íntima comunhão com Deus (cf. 3.8), mas depois esconderam-se "da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim" (Gn 3.8). Ao invés de sentirem anelo pela conversa com Deus, agora tiveram medo da sua voz (Gn 3.10).

(3) Além disso, interrompeu-se o relacionamento harmonioso entre Adão e Eva como marido e mulher. Quando Deus começou a falar-lhes a respeito do pecado que haviam cometido, Adão lançou a culpa em Eva (Gn 3.12), e Deus declarou que a rivalidade entre o homem e a mulher continuariam (Gn 3.16). Assim começou o conflito social que agora é parte integrante das difíceis relações humanas, desde as discussões e a violência no lar (cf. 1Sm 1.1-8; Pv 15.18; 17.1), até os conflitos e guerras internacionais.

(4) Finalmente, o pecado interrompeu a harmonia e a unidade entre a raça humana e a natureza. Antes de Adão pecar, trabalhava alegremente no jardim do Éden (Gn 2.15), e andava livremente entre os animais, dando nome a cada um (Gn 2.19,20). Parte da maldição divina após a queda envolvia a inimizade entre a serpente e Adão e Eva (Gn 3.15), bem como uma nova realidade: o trabalho produziria suor e labuta (Gn 3.17-19). Antes havia harmonia entre a raça humana e o meio-ambiente, agora luta e conflito de modo que "toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora".

A RESTAURAÇÃO DA PAZ

Embora o resultado da queda fosse a destruição da paz e do bem-estar para a raça humana, e até mesmo para a totalidade do mundo criado, Deus planejou a restauração do shalom; logo, a história da reconquista da paz é a história da redenção em Cristo.

(1) Tendo em vista que Satanás deu início à destruição da paz no mundo, o restabelecimento da paz deve envolver a destruição de Satanás e do seu poder. Por isso, muitas das promessas do AT a respeito da vinda do Messias eram promessas da vitória e paz vindouras. Davi profetizou que o Filho de Deus governaria as nações (Sl 2.8,9; cf. Ap 2.26,27; 19.15). Isaías vaticinou que o Messias reinaria como o Príncipe da Paz (Is 9.6,7). Ezequiel predisse que o novo concerto que Deus se propôs estabelecer através do Messias seria um concerto de paz (Ez 34.25; 37.26). E Miquéias, ao profetizar o nascimento em Belém do rei vindouro, declarou: "E este será a nossa paz" (Mq 5.5).

(2) Por ocasião do nascimento de Jesus, os anjos proclamaram que a paz de Deus acabara de chegar à terra (Lc 2.14). O próprio Jesus veio para destruir as obras do diabo (1Jo 3.8) e para romper todas as barreiras de conflito que tomasse parte da vida a fim de fazer a paz (Ef 2.12-17). Jesus deu aos discípulos a sua paz como herança perpétua antes de ir à cruz (Jo 14.27; 16.33). Mediante a sua morte e ressurreição, Jesus desarmou os principados e potestades hostis, e assim possibilitou a paz (Cl 1.20; 2.14,15; cf. Is 53.4,5). Por isso, quando se crê em Jesus Cristo, se é justificado mediante a fé e se tem paz com Deus (Rm 5.1). A mensagem que os cristãos proclamam são as boas-novas da paz (At 10.36; cf. Is 52.7).

(3)
Apenas saber que Cristo veio como o Príncipe da Paz não garante que a paz se tornará automaticamente parte da vida; para experimentar a paz há que se estar unido com Cristo numa fé ativa. O primeiro passo é crer no Senhor Jesus Cristo. Quando assim faz, a pessoa é justificada pela fé (Rm 3.21-28; 4.1-13; Gl 2.16) e assim tem paz com Deus (Rm 5.1). Juntamente com a fé, deve-se andar em obediência aos mandamentos divinos a fim de viver-se em paz (Lv 26.3,6). Os profetas do AT declaram freqüentemente que não há paz para os ímpios (Is 57.21; 59.8; Jr 6.14; 8.11; Ez 13.10, 16). A fim de que os crentes conheçam sua paz perpétua, Deus lhes tem dado o Espírito Santo, que começa a operar em nós um aspecto do fruto, que é a paz (Gl 5.22; cf. Rm 14.17; Ef 4.3). Com a ajuda do Espírito, deve-se orar pedindo a paz (Sl 122.6,7; Jr 29.7; ver Fp 4.7 nota), deixar que a paz governe o coração (Cl 3.15), buscar a paz e segui-la (Sl 34.14; Jr 29.7; 2Tm 2.22; 1Pe 3.11), e esforçar-se por viver em paz com o próximo (Rm 12.18; 2Co 13.11; 1Ts 5.13; Hb 12.14).

sábado, 9 de outubro de 2010

O Arrebatamento

João 3:16

Creio que este é um video muito conhecido já, porém sempre é bom refletirmos no tamanho do amor de Deus para conosco.

 
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)

Descoberto o "Perfume de Maria Madalena"

Uma surpreendente descoberta realizada por arqueólogos italianos membros da Custódia da Terra Santa e da Ordem de Estudos dos Franciscanos foi feita em dezembro de 2008 e que pode trazer luz a um dos capítulos mais impressionantes dos evangelhos. 

Segundo os arqueólogos foram encontrados na cidade de Migdal, ao norte de Israel e junto ao Mar da Galiléia, uma série de lâmpadas e ampoletas, ou seja pequenos vasos contendo uma boa quantidade de perfume que ficou conservado até os dias de hoje pois estavam lacrados. Segundo uma avaliação arqueológica os perfumes datam da mesma época de Jesus, ou seja, o primeiro século da era cristã. 

Os objetos foram encontrados dentro de uma piscina que ficava debaixo de um arco que estava completamente aterrado com barro. Além do perfume foram encontrados um grande número de pratos, cerca de 70, ao qual se atribui a soldados romanos além de pratos e copos de madeira. Segundo Flávio Josefo, viviam em Magdala nesta época, cerca de 40.000 habitantes, bem mais do que vivem nos dias de hoje. 

Após um intenso trabalho, ao fundo da piscina foram encontradas outras relíqueas, uma grande quantidade de instrumentos utilizados por mulheres da época como pentes, pinças, potes de cremes que agora estão sendo avaliados quimicamente. Se as descobertas forem confirmadas com as análises químicas, este seria um "boticário" semelhante ao de Maria Madalena ou da Pecadora que teria ungido a Jesus antes de morrer. Isto traria mais luz aos costumes da época e da vida diária no primeiro século.

A descoberta da "Pefumaria de Maria Madalena" como está sendo chamada pelos arqueólogos franciscanos é sem dúvida algo impressionante e análises corretas dos produtos poderão permitir a indústria produzir perfumes e cremes semelhantes aos utilizados naquele período da história.(Cafetorah)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pipoca

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens.
O milho de pipoca não é o que deve ser.
Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.
O milho somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer.
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre.

Assim acontece com a gente.
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.
São pessoas de uma mesmice, uma dureza assombrosas. Só elas não percebem.
Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos - Dor.

Pode ser o fogo de fora: perder um amor, um filho, um amigo ou o emprego.
Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, doenças e sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso do remédio, uma maneira de apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui.
E com isso a possibilidade da grande transformação.


Imagino que a pipoca dentro da panela, ficando cada vez mais quente, pensa que a sua hora chegou: vai morrer.
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não consegue imaginar destino diferente.
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz.
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM!
E ela aparece completamente diferente, como nunca havia sonhado.

Piruá é o milho que se recusa a estourar.
São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar.
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.
A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste.
Ficarão duras a vida inteira.
Não vão se transformar na flor branca e macia.
Não vão dar alegria para ninguém.
Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada.


Seu destino é o lixo. E você, o que é?
Uma pipoca estourada ou um piruá?

"... Ele (Jesus Cristo) vos batizará com o Espírito Santo e com fogo." Mateus 3:11


Ruben Alves
Do livro "O Amor que acende a lua" 

Tudo por Cristo

Uma boa meditação sobre um trecho da Palavra de Deus. Confiram.





Título: Tudo por Cristo
Referência bíblica: Carta de Paulo aos Filipenses, Cap. 3

Noé

Neto de Matusalém (Gn 5:25-29) que foi, durante 250 anos, contemporâneo de Adão. Era filho de Lameque, que tinha cerca de 50 anos quando Adão morreu. Este patriarca é corretamente visto como o elo de ligação entre o velho e o novo mundo. É o segundo progenitor da família humana.

As palavras do seu pai Lameque quando ele nasceu (Gn 5:29) são vistas como tendo um sentido profético, designando Noé como um tipo daquele que é o verdadeiro “descanso e conforto” dos homens que levam sobre si o fardo da vida (Mt 11:28).

Viveu 500 anos e lhe nasceram três filhos: Sem, Cam e Jafé (Gn 5:32). Era um “homem justo e perfeito na sua geração” e que “andou com Deus” (comparar com Ez 14:14, 20). Mas os descendentes de Caim e de Sete começaram a casar-se entre si e assim surgiu uma raça que se distinguiu pela sua incredulidade. Os homens tornaram-se cada vez mais corruptos e Deus determinou varrer da terra a sua perversa população (Gn 6:7). Mas com Noé Deus fez um concerto, prometendo-lhe salvá-lo do ameaçador dilúvio (Gn 6:18). De acordo com as palavras de Deus, foi-lhe ordenado que construísse uma arca (Gn 6:14-16), para que ele e a sua casa se salvassem. Passaram-se 120 anos enquanto a arca esteve a ser construída (Gn 6:3). Durante esse tempo, Noé deu o seu testemunho contra a descrença e a maldade daquela geração (1Pe 3:18-20; 2Pe 2:5).

Quando a arca de “madeira de Gofer” (mencionada somente aqui) ficou pronta, de acordo com a ordem de Deus, as criaturas vivas que deveriam ser salvas entraram na arca; e depois Noé, a sua mulher, os seus filhos e as suas noras entraram também e “o Senhor a fechou por fora” (Gn 7:16). O julgamento caiu, então, sobre o mundo culpado, “pereceu o mundo de então, coberto pelas águas do dilúvio” (2Pe 3:6). A arca flutuou nas águas durante 150 dias e acabou por posar nas montanhas do Monte Ararat (Gn 8:3, 4); mas só depois de algum tempo Deus permitiu que eles saíssem da arca. Por isso, Noé e a sua família ainda permaneceram um ano inteiro dentro da arca (Gn 6:14).Ao sair da arca, a primeira coisa que Noé fez foi erigir um altar, oferecendo sacrifícios de ação de graças e adoração a Deus. Deus fez, então, um concerto com ele, o primeiro entre Deus e o homem, dando-lhe a possessão da terra e estabelecendo regras novas e especiais que ainda permanecem em força no tempo presente (Gn 8:21-9:17). Como sinal e testemunha deste concerto, Deus fez surgir o arco-íris, tendo sido adotado por Ele como garantia de que o mundo não mais seria destruído por um dilúvio.Mas Noé, depois disto, cometeu um grave pecado (Gn 9:21); e a conduta de Cam nesta triste ocasião deu lugar a uma predição memorável relativa aos seus três filhos e sua descendência. Noé “viveu depois do dilúvio 350 anos e morreu” (Gn 28:29).

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Não reclame. Agradeça.

Não lembro aonde foi que eu vi esta tirinha pois isso já faz algum tempo, mas vou colocá-la aqui pois trás uma grande lição para todos nós, os cristãos : Não reclame mas agradeça a Deus por tudo.

Muitas vezes nós levamos uma pedrada de alguém e começamos a reclamar para com Deus o porque daquilo ter acontecido, mas se olharmos bem veremos que aquela foi apenas uma pedrinha de nada que nos atingiu, e nem se compara as inúmeras pedradas maiores que estavam para nos atingir e Cristo tem nos livrado.

Portanto irmãos e irmãs não reclamem das "pedrinhas" que de vez enquando nos atingem, mas agradeçam a Deus por nos livrar das "pedradas maiores". Deus os abençoe.



"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." (I Tes 5:18)

A Adoração a Deus

"E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou o SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém!, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra."Ne 8.5,6

A adoração consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram à majestade do grande Deus do céu e da terra. Sendo assim, a adoração concentra-se em Deus, e não no ser humano. No culto cristão, nós nos acercamos de Deus em gratidão por aquilo que Ele tem feito por nós em Cristo e através do Espírito Santo. A adoração requer o exercício da fé e o reconhecimento de que Ele é nosso Deus e Senhor.

BREVE HISTÓRIA DA ADORAÇÃO AO VERDADEIRO DEUS


O ser humano adora a Deus desde o ínicio da história. Adão e Eva tinham comunhão regular com Deus no jardim do Éden ( Gn 3.8). Caim e Abel trouxeram a Deus oferendas (hb. minhah, termo também traduzido por "tributo" ou dádiva") de vegetais e de animais (Gn 4.3,4). Os descendentes de Sete invocavam "o nome do SENHOR" (Gn 4.26). Noé construiu um altar ao Senhor para oferecer holocaustos depois do dilúvio (Gn 8.20). Abraão assinalou a paisagem da terra prometida com altares para oferecer holocaustos ao Senhor (Gn 12.7,8; 13.4, 18; 22.9) e falou intimamente com Ele (Gn 18.23-33; 22.11-18).

Somente depois do êxodo, quando o Tabernáculo foi construído, é que a adoração pública tornou-se formal. A partir de então, sacrifícios regulares passaram a ser oferecidos diariamente, e especialmente no sábado, e Deus estabeleceu várias festas sagradas anuais como ocasiões de culto público dos israelitas (Êx 23.14-17; Lv 1—7; Dt 12; 16). O culto a Deus foi posteriormente centralizado no templo de Jerusalém (cf. os planos de Davi, segundo relata 1Cr 22—26). Quando o templo foi destruído, em 586 a.C., os judeus construíram sinagogas como locais de ensino da lei e adoração a Deus enquanto no exílio, e aonde quer que viessem a morar. As sinagogas continuaram em uso para o culto, mesmo depois de construído o segundo templo por Zorobabel (Ed 3—6). Nos tempos do NT havia sinagogas na Palestina e em todas as partes do mundo romano (e.g. Lc 4.16; Jo 6.59; At 6.9; 13.14; 14.1; 17.1, 10; 18.4; 19.8; 22.19).

A adoração na igreja primitiva era prestada tanto no templo de Jerusalém quanto em casas particulares (At 2.46,47). Fora de Jerusalém, os cristãos prestavam culto a Deus nas sinagogas, enquanto isso lhes foi permitido. Quando lhes foi proibido utilizá-las, passaram a cultuar a Deus noutros lugares, geralmente em casas particulares (cf. At 18.7; Rm 16.5; Cl 4.15; Fm v. 2), mas, às vezes, em salões públicos (At 19.9,10).

MANIFESTAÇÕES DA ADORAÇÃO CRISTÃ.

   1. Dois princípios-chaves norteiam a adoração cristã.

(a) A verdadeira adoração é a que é prestada em espírito e verdade, i.e., a adoração deve ser oferecida à altura da revelação que Deus fez de si mesmo no Filho (Jo 14.6). Por sua vez, ela envolve o espírito humano, e não apenas a mente, e também como as manifestações do Espírito Santo (1Co 12.7-12).

(b) A prática da adoração cristã deve corresponder ao padrão do NT para a igreja. Os crentes atuais devem desejar, buscar e esperar, como norma para a igreja, todos os elementos constantes da prática da adoração vista no NT.

   2. O fato marcante da adoração no AT era o sistema sacrificial ( Nm 28, 29). Uma vez que o sacrifício de Cristo na cruz cumpriu esse sistema, já não há mais qualquer necessidade de derramamento de sangue como parte do culto cristão ( Hb 9.1—10.18). Através da ordenança da Ceia do Senhor, a igreja do NT comemorava continuamente o sacrifício de Cristo, efetuado de uma vez por todas (1Co 11.23-26). Além disso, a exortação que tem a igreja é oferecer "sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" (Hb 13.15), e a oferecer nossos corpos como "sacrifício vivo, santo e agradável a Deus".

   3. Louvar a Deus é essencial à adoração cristã. O louvor era um elemento-chave na adoração de Israel a Deus (e.g., Sl 100.4; 106.1; 111.1; 113.1; 117), bem como na adoração cristã primitiva (At 2.46,47; 6.25; Rm 15.10,11; Hb 2.12).

   4. Uma maneira autêntica de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos espirituais. O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao Senhor (e.g., 1Cr 16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5,6; 100.1,2). Na ocasião do nascimento de Jesus, a totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor (Lc 2.13,14), e a igreja do NT era um povo que cantava (1Co 14.15; Ef 5.19; Cl 3.16; Tg 5.13). Os cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente (i.e. num idioma humano conhecido) ou com o espírito (i.e., em línguas). Em nenhuma circunstância os cânticos eram executados como passatempo.

   5. Outro elemento importante na adoração é buscar a face de Deus em oração. Os santos do AT comunicavam-se constantemente com Deus através da oração (e.g. Gn 20.17; Nm 11.2; 1Sm 8.6; 2 Sm 7.27; Dn 9.3-19; cf. Tg 5.17,18). Os apóstolos oravam constantemente depois de Jesus subir ao céu (At 1.14), e a oração tornou-se parte regular da adoração cristã coletiva (At 2.42; 20.36; 1Ts 5.17). Essas orações eram, às vezes, por eles mesmos (At 4.24-30); outras vezes eram orações intercessórias por outras pessoas (e.g. At 12.5; Rm 15.30-32; Ef 6.18). Em todo tempo a oração do crente deve ser acompanhada de ações de graças a Deus (Ef 5.20; Fp 4.6; Cl 3.15,17; 1Ts 5.17,18). Como o cântico, o orar podia ser feito em idioma humano conhecido, ou em línguas (1Co 14.13-15).

   6. A confissão de pecados era sabidamente parte importante da adoração no AT. Deus estabelecera o Dia da Expiação para os israelitas como uma ocasião para a confissão nacional de pecados (Lv 16). Salomão, na sua oração de dedicação do templo, reconheceu a importância da confissão (1Rs 8.30-36). Quando Esdras e Neemias verificaram até que ponto o povo de Deus se afastara da sua lei, dirigiram toda a nação de Judá numa contrita oração pública de confissão (cap. 9). Assim, também, na oração do Pai nosso, Jesus ensina os crentes a pedirem perdão dos pecados (Mt 6.12). Tiago ensina os crentes a confessar seus pecados uns aos outros (Tg 5.16); através da confissão sincera, recebemos a certeza do gracioso perdão divino (1Jo 1.9).

   7. A adoração deve também incluir a leitura em conjunto das Escrituras e a sua fiel exposição. Nos tempos do AT, Deus ordenou que, cada sétimo ano, na festa dos Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem para a leitura pública da lei de Moisés (Dt 31.9-13). O exemplo mais patente desse elemento do culto no AT, surgiu no tempo de Esdras e Neemias (8.1-12). A leitura das Escrituras passou a ser uma parte regular do culto da sinagoga no sábado ( Lc 4.16-19; At 13.15). Semelhantemente, quando os crentes do NT reuniam-se para o culto, também ouviam a leitura da Palavra de Deus (1Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1Ts 5.27) juntamente com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1Tm 4.13; 2Tm 4.2; cf. At 19.8-10; 20.7).

   8. Sempre quando o povo de Deus se reunia na Casa do Senhor, todos deviam trazer seus dízimos e ofertas (Sl 96.8; Ml 3.10). Semelhantemente, Paulo escreveu aos cristãos de Corinto, no tocante à coleta em favor da igreja de Jerusalém: "No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade" (1Co 16.2). A verdadeira adoração a Deus deve, portanto ensejar uma oportunidade para apresentarmos ao Senhor os nossos dízimos e ofertas.

   9. Algo singular no culto da igreja do NT era a atuação do Espírito Santo e das suas manifestações. Entre essas manifestações do Espírito na congregação do Senhor havia a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, manifestações especiais de fé, dons de curas, poderes miraculosos, profecia, discernimento de espíritos, falar em línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.7-10). O caráter carismático do culto cristão primitivo vem, também, descrito nas cartas de Paulo: "Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação" (1Co 14.26). Na primeira epístola aos coríntios, Paulo expõe princípios normativos da adoração deles. O princípio dominante para o exercício de qualquer dom do Espírito Santo durante o culto é o fortalecimento e a edificação da congregação inteira (1Co 12.7; 14.26).

  10. O outro elemento excepcional na adoração segundo o NT era a prática das ordenanças — o batismo e a Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor (ou o "partir do pão", ver At 2.42) parece que era observada diariamente entre os crentes logo depois do Pentecostes (At 2.46,47), e, posteriormente, pelo menos uma vez por semana (At 20.7,11). O batismo conforme a ordem de Cristo (Mt 28.19,20) ocorria sempre que havia conversões e novas pessoas ingressavam na igreja (At 2.41; 8.12; 9.18; 10.48; 16.30-33; 19.1-5).

AS BÊNÇÃOS DE DEUS PARA OS VERDADEIROS ADORADORES

Quando os crentes verdadeiramente adoram a Deus, muitas bênçãos lhes estão reservadas por Ele. Por exemplo, Ele promete :

(1) que estará com eles (Mt 18.20), e que entrará e ceará com eles (Ap 3.20);
(2) que envolverá o seu povo com a sua glória (cf. Êx 40.35; 2Cr 7.1; 1Pe 4.14);
(3) que abençoará o seu povo com chuvas de bênçãos (Ez 34.26), especialmente com a paz (Sl 29.11);
(4) que concederá fartura de alegria (Sl 122.1,2; Lc 15.7,10; Jo 15.11);
(5) que responderá às orações dos que oram com fé sincera (Mc 11.24; Tg 5.15);
(6) que encherá de novo o seu povo com o Espírito Santo e com ousadia (At 4.31);
(7) que enviará manifestações do Espírito Santo entre o seu povo (1Co 12.7-13);
(8) que guiará o seu povo em toda a verdade através do Espírito Santo (Jo 15.26; 16.13);
(9) que santificará o seu povo pela sua Palavra e pelo seu Espírito (Jo 17.17-19);
(10) que consolará, animará e fortalecerá seu povo (Is 40.1; 1Co 14.26;2Co 1.3,4; 1Ts 5.11);
(11) que convencerá o povo do pecado, da justiça e do juízo por meio do Espírito Santo ( Jo 16.8 );
(12) que salvará os pecadores presentes no culto de adoração, sob a convicção do Espírito Santo (1Co 14.22-25).

EMPECILHOS À VERDADEIRA ADORAÇÃO

O simples fato de pessoas se dizendo crentes realizarem um culto, não é nenhuma garantia de que haja aí verdadeira adoração, nem que Deus aceite seu louvor e ouça suas orações.

(1) Se a adoração a Deus é mera formalidade, somente externa, e se o coração do povo de Deus está longe dEle, tal adoração não será aceita por Ele. Cristo repreendeu severamente os fariseus por sua hipocrisia; eles observavam a lei de Deus por legalismo, enquanto seus corações estavam longe dEle (Mt 15.7-9; 23.23-28; Mc 7.5-7). Note a censura semelhante que Ele dirigiu à igreja de Éfeso, que adorava o Senhor mas já não o amava plenamente (Ap 2.1-5).

(2) Outro impedimento à verdadeira adoração é um modo de vida comprometido com o mundanismo, pecado e imoralidade. Deus recusou os sacrifícios do rei Saul porque este desobedeceu ao seu mandamento (1Sm 15.1-23). Isaías repreendeu severamente o povo de Deus como "nação pecadora... povo carregado da iniqüidade da semente de alignos" (Is 1.4); ao mesmo tempo, porém esse mesmo povo oferecia sacrifícios a Deus e comemorava seus dias santos. Por isso, o Senhor declarou através de Isaías:

"As vossas festas da lua nova, e as vossas solenidades, as aborrece a minha alma; já me são pesadas; já estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue" (Is 1.14,15).

Semelhantemente, na igreja do NT, Jesus conclamou os adoradores em Sardes a se despertarem, porque "não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus" (Ap 3.2). Da mesma maneira, Tiago indica que Deus não atenderá as orações egoístas daqueles que não se separam do mundo (Tg 4.1-5). O povo de Deus só pode ter certeza que Deus estará presente à sua adoração e a aceitará, quando esse povo tiver mãos limpas e coração puro (Sl 24.3,4; Tg 4.8).